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terça-feira, 3 de novembro de 2015

SYS

Certo, okay, okay, hoje é meu primeiro dia na escola !!! Não acredito que convenci minha mãe a me botar aqui, finalmente vou ter a chance de pedir desculpas

Eu não me dei muito bem com o pessoal... Acho que eles não gostam de mim por algum motivo. Aposto que é por causa do meu cabelo, tenho que alisar ele.

Consegui novas amigas!!! Três, no caso. Elas são meio infantis, mas dá pro gasto.

Não acredito que depois de 2 meses eu briguei com elas.Sorte que já estou virando amiga de um menino, talvez nós possamos ser amigos.

Ótimo, entrei no grupo deles. São 4, mas um deles é um tanto estranho.

Minha mãe comprou iogurte grego, eba! Faz tempo que queria que ela comprasse.

Acho que um dos meus amigos não gosta muito de mim, ele é meio agressivo. Que pena. Aliás, hoje ela comprou maças especiais . Que delicia!!!

No banheiro da escola vi algo escrito na porta, estranho porque ela é feita de um material especial, a tinta das canetas não pegam, nem lapiz. Se alguém quiser deixar sua marca vai ter que comprar uma faquinha, enfim. Era escrita com uma tinta bordô, puxando pro marrom, bem falhada. Aparentemente as tias da limpeza tentaram tirar e não conseguiram, por isso está falhada. Estava escrito SYS, em maisculas mesmo, e em baixo tinha um desenho, de uma coisa que não consegui indentificar, tava muito borrado e talz. Enfim, me limpei e voltei pra aula. Não vou poder me desculpar. Que triste.

Alguém da escola se suicidou, parece que sofria bulliyng ou coisa assim. Que dahora!!

Outro menino se suicidou, dessa vez sem motivo aparente, os professores estão começando a ficar preocupados.

Okay, esse vai ser um pouco grande. Eu estava nas minhas aulas normais, de boa, de repente vejo na janelinha da sala, uma coisa preta, tipo uma fumaça, bem igual aqueles filmes de terror genéricos. Como sou Ateia, pensei comigo “ah, deve ter sido minha pomba ou minha imaginação. Vamos lá, você sabe que essas coisas não existem”. Então, novamente, vejo a “sombra”, vi passando de baixo pra cima. 2 ou 3 minutos depois umas 50 delas começaram a passar na janela ao mesmo tempo, todos ficaram intrigados e foram ver o que estava acontecendo, só o professor não entendia o que estava acontecendo e mandava todos voltarem pro lugar. As sombras continuaram por mais ou menos três minutos e acabaram. Assim começou um alvoroço, alguns pensavam ser a volta de Jesus, outros que a escola estava amaldiçoada, eu só fiquei confusa, queria descobrir o que era aquilo. Por sorte o professor nos deixou ir lá fora ver se as supostas “sombras” ou vultos estavam lá ainda. Então todos fomos, e eu comecei a procurar por tudo. Primeiro fui no pátio, procurei procurei e não achei porcaria nenhuma. Ai fui pro banheiro, comecei a ver os boxs. Tinha um a sensação de que ia dar merda, e sai correndo de lá. Amanhã vou chamar minha amiga pra ir comigo denovo.

Não tenho muito tempo, então minha ortografia vai ficar meio ruim, preciso ser breve. Nos entramos lá e estava vazio . Falei pra ela vir comigo chegar os boxes, ela concordou. Estava indo tudo bem e normal até chegarmos no penúltimo Box, que é onde fica aquela palavra. Olhei para os cantos, agora está com a palavra SYS em toda a parte, alguns HLP e FKU. Todos da mesma cor, os FKU estavam um pouco mais vermelhos, os HLP estavam um pouco mais bordos e os SYS continuavam meio amarronzados, como sempre. Falei tudo isso pra minha amiga, ela disse que podia ser só uma coincidência e talz. Então saímos e fomos falar com os outros. Enquanto falávamos com um menino aleatório ouvimos um barulho extremamente alto no banheiro masculino, todos entraram lá. TODOS. Até as meninas. Alguém tinha escrito “ILLG0’’, ‘’1MR’’ e ‘’CAUT”, com a mesma tinta das palavras do Box feminino, além do cadáver de um dos mortos. Fiquei extremamente interessada nisso, sério, eu amo  creepypastas e coisas do gênero, então amei quando descobri que algo estranho e talvez sobrenatural estivesse acontecendo, mesmo que todas as minhas teorias de porque eu ser atéia tinham ido ralo a baixo eu continuava entusiasmada com isso. É claro, alguns vomitaram e outros ficaram admirados igual a mim, mas o professor não gostou nada disso. Mandou todos irem pra sala imediatamente e ficar aguardando lá. Eu, sendo desobediente e teimosa como sou, voltei pro banheiro masculino p/ investigar algumas coisas a mais .(admito que não queria só ver coisas sobre o mistério, vai que algum menino bonito tenha sido chamado pela natureza e talz...) Entrei nos boxes, estavam cheios de “LV” e “ICSY”. Não achei mais nada de interessante e voltei pra sala, e por sorte o professor ainda estava conversando com a cordenadora. ACHO QUE MINHA MÃE ACORDOU!! AMANHÃ CONTO MAIS.

Olá olá, ontem tinha terminado toda a historia e hoje não aconteceu nada de novo, vou escrever quando suspeitar de algo.

Mais um suicídio aconteceu, dessa vez no banheiro masculino (que a essa altura já havia sido pintado novamente ) ninguém sabe ao certo como, só que ele foi achado morto.

OMG OMG OMG ACHEI UMA COISA FANTÁSTICA! Rastros de sangue. Sim! Pegadas de sangue! Ia da cantina até os dois banheiros como se a pegada tivesse se dividido em dois, incrível!

A escola está temporariamente fechada, nenhum aluno entra. Droga.

Consegui entrar, o tio deixou. Inventei que tinha esquecido um casaco lá e ele abriu o portão, ótimo! Vamos ver por onde começar, o chão estava cheio de pegadas de sangue, as manchas estavam em todos os lugares. Isso só deixava tudo mais emocionante! Nos banheiros tudo estava normal, tirando umas manchas de batom no espelho do banheiro feminino, mas nada de mais. fui subir as escadas do bloco B (o bloco que eu estudo) e vi na parede todas aquelas “palavras” denovo. Até ai tudo bem, o chão estava escorregadio, viscoso, parece que alguém derrubou um monte de suor no chão. Senti o clima mais tenso. Subi até a porta da minha sala. Segurei com força a maçaneta, fui girando devagarzinho, abri bem pouco a porta, não dava pra ver nem 2/10 da sala. Vi um vulto se movimentando, oque é isso? Sinto uma pancada na cabeça e desmaio. Acordei no chão, bem onde tinha parado, só que  já estava de noite. Beeeeeeeem estranho, ai eu abri a porta de uma vez, chutando mesmo, yo soy relbede! Hu3, bem, a sala estava normal. Olhei as cadeiras, na cadeira de uma ex amiga minha etava escrito “YATN”, achei estranho e olhei pela janela, lembrei que estava de noitee sai correndo pra casa, minha mãe quase me matou quando cheguei, que exagero da parte dela.

A menina morreu. A menina com a cadeira marcada morreu.

Alguns dias depois mais 3 cadeiras foram marcadas (eu sei porque eu fui bisbilhotar aquele lugar de noite) e todos que lá sentavam morreram. Estou ficando assustada.

A minha cadeira está marcada. Merda.

ESTOU COMEÇÃNDO A VER ALUCINAÇÕES! ELE ESTÁ NA JANELA, ME OBSERVANDO TODAS AS NOITES

ELE NÃO PARA DE ME OBSERVAR, NÃO IMPORTA OQUE EU FAÇA!

Ele disse que se eu comer beterraba eu morro, estranho, não?

Hoje disse que se eu comer arroz morro. Não comi arroz.

Não posso comer entre 11:00 e 13:00 horas

Não posso mais beber refrigerante

Ele mandou eu parar de beber água, minha solução agora é a melancia

Ele me mandou cortar os dedos, cortei eles. Minha mãe me levou ao psicólogo.

Ele me observa da janela do psicólogo, disse que se eu for pra uma sala sem janela ele entra e me mata.

Ele mandou eu seguir ele, vou levar o caderno, só caso algo aconteça.

Estou em um beco, ele fica me observando o tempo todo, me encarando, parece faminto e desesperado, respira de uma forma ofegante, estou sem comer a um dia.

Faz três dias que não como, sinto como se fosse morrer, mas por alguma magia ou algo do gênero eu não morro, ele está rindo da minha cara, de divertindo com o meu sofrimento, como se as minhas dores o alimentassem. Não suporto mais  isso. Vou ter que dar um fim. Adeus.

Texto encontrado perto do corpo da vitima, morreu no dia oito de agosto no ano de 2014 por suposto suicidio, vitima encontrada segurando um objeto não indentificado. Aqui vai uma descrição do que as "palavras" significavam:

SYS - Save Your Self

FKU - Fuck you

HLP - Help

ILLGO - I WILL GO

1MR - 1 morte

CAUT - caution

LV - Leave

YATN - You are the next

A suposta tinta era na realidade sangue das vitimas.



Mr.Gremory


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quarta-feira, 26 de agosto de 2015

The Gloomy Weather

O documento a seguir foi encontrado numa cidade desconhecida que segundo a placa próxima a cidade se chama: ”Lost Road'' algo como estrada perdida. No documento foram encontradas manchas de sangue e o que parecia ser suor, o relato segue abaixo.

Dia 1-

O6hOOmin- Meu nome é Richard sou meteorologista de Nova York e vim à cidade de Road Lost (creio que este nome possa estar errado, vai saber.) para fazer relatos dos misteriosos acontecimentos climáticos descritos pelas pessoas daqui. E não registrei nada que possa ser considerado anormal desde que cheguei. Voltarei a escrever assim que algo acontecer.

O8hOOmin- O céu está começando a ficar nublado, algo que é um pouco estranho para um lugar onde poucos segundos atrás o tempo estava completamente limpo. Bem, quando isso ocorreu notei que os moradores ficaram aterrorizados e começaram a correr para suas casas e fecharam portas e janelas, os únicos que encontrei que estavam ainda nas ruas permaneciam numa espécie de hipnose, paralisados, talvez porque não conseguiram chegar a suas casas a tempo (a tempo de que?) logo após isso senti o ar mais pesado, minha vista está embaçando acho que vou desmaiar (a tinta borrou nesta parte).

Hora não identificada-

Sinto-me um pouco fraco não sei de onde estou tirando forças para escrever. Acordei no mesmo lugar onde desmaiei com a diferença de que estou com minhas mãos manchadas de sangue e que não há sinal de vida em lugar nenhum não sei se vou conseguir sair vivo disso e... Espere há algo se aproximando! Sim algo escuro com gotas de sangue descendo grotescamente de sua face destorci... (aqui foi encontrado bastante sangue e suor manchando a maior parte da página).

Minha Cela- Estou completamente perturbado com a visão que tive com... Aquilo e não me lembro de nada relacionado à como nem porque estou aqui. Percebo que as manchas de sangue em minha mão estão mais escuras e frias como se está parte de minha pele fosse cair a qualquer momento. Minha cela é sombria, escura e enfeitada com crânios humanos e outras partes de corpos. A partir de agora só irei escrever o local onde estou e não a hora por motivos óbvios. Tem uma pequena rachadura na porta de minha cela, mas não consigo descrever as pessoas do lado de fora, elas falam algo sobre "insano" "precisa" e "ritual" realmente estou com muito medo.

Algum Lugar fora de minha cela (está parte foi encontrada num gravador)-

Encontrei meu gravador dentro de meu Diário já que tiraram meu livro de mim. O gravador está escondido na gola de minha camisa eles não percebem e devem achar que estou orando a Deus já que aparentemente não entendem nada de minha língua. Estou amarrado por mãos e pés. Sussurros se ouvem por toda parte a falar coisas incompreensíveis. Não consigo por meus pensamentos em ordem. Minha respiração está ficando difícil e... (a partir daqui só o que se ouve é chiado acompanhado por gritos de dor e palavras incompreensíveis depois disso a gravação termina e nunca mais souberam de Richard nem do seu corpo...).

Autor:Oranplel


Mr.Gremory


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Feliz Aniversário

"Parabéns pra você,nesta data querida,muitas felicidades,muitos anos de vida"

Assim como todas as noites, ao longo de cinco anos e meio, Marisa canta Parabéns com os olhos cheios de lágrimas no canto de sua cela.

Sou uma mulher de alma boa, embora muitas pessoas aqui no xadrez e aí fora digam o contrário. Eu sei que no fundo não sou má, mas compreendo toda a raiva e repúdio que sentem por mim. Afinal, cometi um ato horrendo e muito grave. Mas juro que tudo que fiz foi por amor, um amor incondicional e infinito ao meu marido. Era seu aniversário naquele dia frio e chuvoso. Nunca vou me esquecer daquele olhar impressionado do Nilton, realmente ele não acreditou no que estava vendo em sua frente.

Muitas companheiras de cela e até policiais já tentaram me matar aqui, nesse inferno de concreto e grades. Nos primeiros anos, eu trabalhava lá no pavilhão quatro junto com as detentas consideradas de alta periculosidade. Mas depois de algumas brigas, a diretora decidiu me isolar nessa cela pequena, escura e fedida de onde escrevo este triste relato.

Meu único passatempo é escrever este tipo de carta, na esperança de entregar para alguém que venha me visitar um dia. Algo que acho muito difícil de acontecer, pois sou mais odiada que o próprio Demônio.

Tudo que fiz foi por amor, por paixão e por admiração. Gosto de deixar isso bem claro. Era o meu presente, o melhor que podia dar naquela data tão especial. Estava dando para o Nilton a liberdade e uma nova vida de casal apaixonado. Sei que vocês não me entenderão nunca e também já estou me conformando com a loucura, pois nesses últimos anos ela tem sido a minha melhor amiga. Já acostumei a ser chamada de psicopata, doida e maluca. Considero como um elogio.

A pior parte é ficar escutando aqueles choros e latidos malditos na hora de dormir. Com isso ainda não me acostumei. Não sei por que o Nilton não quis provar um pedaço do bolo de chocolate, estava tão delicioso. Montei toda a festa surpresa com carinho e dedicação. Decorei a casa com enfeites, dei banho e arrumei as crianças, preparei o bolo, os doces e os salgados. Fiz tudo isso durante a tarde, enquanto ele trabalhava. Mas em troca fui humilhada, espancada e presa.

Eu estava tão linda naquele dia, toda maquiada, produzida e elegante. Nem parece a minha situação deplorável dos dias atuais. Hoje me encontro acabada, com dentes quebrados, olhos roxos de tanto apanhar, cabelos desgrenhados, sujeira de cadeia impregnada no corpo e aparência abatida. Ontem mesmo, fui estuprada e espancada por dois policiais. Eles falaram que eu mereço coisas bem piores pela atrocidade que cometi. Sofro calada, pois aqui ninguém vê e nem ouve nada. Todas as presidiárias são tratadas como lixo ou até pior que lixo.

Os porcos fardados entraram de noite na minha cela. Chegaram chutando o meu prato de comida e rasgando minhas folhas de anotações, por sorte essa que escrevo não rasgaram. Um deles me deu uma surra de cassetete e quebrou o meu braço, o outro cortou os bicos dos meus seios com um canivete enferrujado. Pense numa dor descomunal, é essa.

O meu grito de nada adiantou, pois esses abusos policiais eram rotina na penitenciária feminina Belmiro Fontes. Perdi a conta das vezes que fiquei grávida e tive que fazer abortos improvisados aqui na cadeia, com a ajuda desses mesmos policiais nojentos.

Nessa minha vida de cão, só tenho um desejo para realizar antes de morrer. Quero encontrar o Nilton quando sair daqui, dar um beijo em sua boca e falar que o amo do fundo do meu coração. Apenas isso, entretanto sei que é quase impossível, porque ele não quer me ver nunca mais.

No dia do acontecimento, ele me agrediu e falou que desejava muito a minha morte de forma dolorosa. Bom, mas ainda tenho vinte e quatro anos de prisão para cumprir. Talvez, depois desses anos todos, ele mude de ideia. A esperança é a ultima que morre.

Vou descrever o ato execrável que cometi. Mas antes, quero me desculpar e pedir perdão para toda a minha família, amigos e principalmente para o meu amor Nilton. Foi um ato frio e horroroso, porém confesso que não me arrependi e faria tudo novamente.

Sempre fui uma mulher extremamente ciumenta e carente de atenção, isso desde a minha infância.Nunca gostei de dividir nada com ninguém e foi justamente por isso que eliminei do meu caminho a concorrência. Esse egoísmo e ciúme doentio estão me consumindo e me destruindo aos poucos.

Todos que me julgam louca, não me conhecem totalmente. Eu não me conheço totalmente e não sei do que ainda sou capaz de fazer. Certamente, depois disso que irei relatar vocês irão me odiar e me comparar ao Demônio. Talvez eu seja mesmo um monstro. Mas sou um monstro que ama o Nilton.



Era uma quinta-feira gelada e chuvosa, aniversário do meu marido. Apesar de estar chateada e incomodada com a falta de atenção e o desrespeito que ele me tratava, mesmo assim decidi fazer uma festa surpresa. Seria com essa festa e principalmente com o bolo que iríamos celebrar uma nova vida de marido e mulher. Iríamos comer um delicioso bolo de chocolate, eliminando totalmente a concorrência de nossas vidas. Mas ele não quis comer nenhum pedaço. Perdeu, pois estava tão saboroso!

Nossos filhos, Mariana de cinco anos e Pedrinho de três, me ajudaram com os brigadeiros e as coxinhas. Depois enfeitamos com bexigas e fitas coloridas a sala. Estávamos todos alegres e ansiosos pela chegada de Nilton. Ainda era por volta de meio-dia quando acabamos de decorar todo o apartamento. Mas faltava o principal de uma festa de aniversário, o bolo.

Morávamos num apartamento pequeno e simples. Sempre fui uma boa dona de casa e deixava tudo arrumadinho e brilhando. Éramos uma família feliz, eu, o Nilton, as crianças e nossa cadelinha Nelly, uma poodle muito sapeca. O problema era comigo, ninguém vai conseguir entender direito o tamanho da brutalidade desse crime chocante. Eu me sinto bastante confusa até hoje. Mas fato é que fiz e ponto final. Eu matei todos que incomodavam o nosso casamento.

Naqueles últimos anos, Nilton não prestava mais atenção em mim. Eu mudava radicalmente o meu estilo, minhas roupas e o meu cabelo. Mas ele nem percebia, estava me ignorando, só queria saber do trabalho e dos filhos. Dava mais atenção até para Nelly, que não desgrudava dele nunca. Cansei disso, estava perdendo espaço até para uma cachorra, um absurdo!

Durante a tarde, uma crise de fúria e desespero me tomou. Acho que não era loucura, parecia mais um espírito perverso, um encosto me dominando. Não conseguia mais me concentrar na preparação do bolo. Aquela cadela do inferno não parava de latir e lamber minhas pernas. Não pensei duas vezes, estava com os nervos à flor da pele.

Peguei uma faquinha pequena e furei os dois olhos da bichinha, que ficou gemendo igual uma condenada. O sangue começou a lavar a cara branca de Nelly, ela estava apavorada de medo. Liguei o liquidificador, segurei a maldita pelo pescoço e enfie sua carinha na lâmina afiadíssima que girava em alta velocidade.



No canto da cozinha, as crianças ficaram chorando e tremendo de medo ao presenciar essa terrível cena. Mariana tentou tapar os olhos de Pedrinho e começou a gritar para eu parar de fazer aquilo com a Nelly. Tarde demais, junto com o sangue que jorrava pela pia, havia dentes, focinho retalhado e tufos de pêlo. A cabeça da cachorra ficou desfigurada, com as vísceras e miolos aparecendo. O mais impressionante é que ela ainda estava viva. Então, simplesmente peguei um facão e cortei a cadela em mais de cinquenta pedacinhos. Minha pia parecia um açougue macabro.

Coloquei todas as partes cortadas daquele bicho imundo em cima da mesa branca, que logo ficou vermelha de sangue. Lavei minhas mãos e braços e continuei batendo a massa do bolo. As crianças começaram a correr pelo apartamento num pânico total. Peguei uma bacia grande, despejei a massa, amolei o facão e fui atrás daqueles pirralhos.

Puxei a Mariana pelos cabelos, ela gritava e chorava de medo. Pedrinho pulou em cima de mim tentando me morder. Coitado do verme, com um forte golpe de facão arranquei o seu bracinho, que caiu no chão da sala. Pedrinho desmaiou na hora e o sangue escorreu pelo piso de madeira.

Mariana não gritava mais, somente chorava e rezava baixinho enquanto eu estava amarrando-a na cadeira da cozinha. Deixei-a de frente para a mesa com os restos da Nelly e a bacia de massa. Ela me perguntava direto qual era o motivo de eu estar cometendo aquelas barbaridades e implorava para eu parar, dizendo que me amava apesar de tudo. Mas no meu coração só cabia o Nilton, só ele. Estava possuída pelo Satanás enciumado, só pode! Mariana dizia:

– Mamãe, pare com isso! Por favor, nós te amamos. Você tem o meu perdão pela morte da Nelly e por cortar o braço do meu irmão. Vamos acabar com isso. Hoje é aniversário do papai, não era pra acontecer tudo isso. Queria que fosse um dia maravilhoso, de muita paz, alegria e felicidade. Vamos chamar a polícia e a ambulância. Vamos acabar com todo esse terror sem sentido. Eu imploro!

Esperei ela acabar o discurso patético, bati palmas e com um golpe certeiro de facão cortei a sua cabeça, que rolou pelo chão da cozinha. No corpo amarrado na cadeira joguei álcool e depois taquei fogo. Comecei sentir vontade de dar risada de tudo, não respondia mais pelos meus atos. Naquele instante, minha obrigação era preparar o delicioso bolo de carne, miolos e vísceras.

Com violentos golpes de martelo e machadinha, despedacei a cabeça de Mariana e o braço de Pedrinho para misturá-los aos pedaços da cachorra e à massa do bolo. Enquanto preparava a calda de chocolate, o pirralho que estava desmaiado se levanta e começa gritar e chorar incessantemente.

Ainda com o martelo e a machadinha, avancei para cima de Pedrinho e o estraçalhei com uma raiva gigantesca. O meu apartamento estava cheio de sangue, as paredes ficaram vermelhas. A escuridão reinava naquele ambiente pesado.

Estava anoitecendo e a hora de Nilton chegar do trabalho se aproximava. O lindo bolo já estava pronto, com uma deliciosa calda de chocolate cobrindo os restos mortais das crianças e da cadela. Tomei um banho quente e relaxante, me masturbei pensando na nova vida que teria com o meu marido e coloquei um vestido preto. Finalmente, a porta se abre e Nilton entra assobiando pela sala como sempre fazia. Fiquei em pé atrás da mesa e comecei bater palmas, cantando Parabéns.

Nilton para de assobiar, senti um cheiro forte de carniça vindo da cozinha e percebe que há manchas de sangue pelo chão e pelas paredes da sala. Nelly que sempre pulava em sua perna não aparece, ele acha tudo muito estranho. Ao entrar na cozinha fica chocado com a cena tenebrosa. Sangue por todo canto, móveis queimados, ferramentas e facas espalhadas pelo chão, pedaços de corpos em cima da mesa e um bolo nojento rodeado de moscas. É a visão de um verdadeiro circo dos horrores.

As velas indicando a idade foram feitas com os dedos do filho. Marisa arrancou e colou os dedos de Pedrinho, formando o número 41. Um ato extremamente bizarro e grotesco. Nilton desesperado esbraveja:

– Mas que porra é essa? Cadê meus filhos? Você está louca, doente? Não me diga que você… Sua psicopata do inferno!

Marisa estava cortando um pedaço do bolo para oferecer ao marido. Ela estava achando tudo uma maravilha, sua mente não conseguia mais diferenciar o mundo real da fantasia e nem o certo do errado. Com muita raiva, Nilton chuta a mesa e começa espancar a esposa desnaturada. Ele enche de pancadas a psicopata e depois resolve chamar a polícia. O cenário é de extremo terror.

Os poucos vizinhos do prédio aparecem para ver o mais terrível e chocante crime da pacata cidade de Miratan do Sul. Todos aplaudem o momento da prisão da mulher louca, que entra no camburão cantando Parabéns e gritando qu
e ama infinitamente o marido.

Nilton se mudou para uma cidade bem longe e iniciou um longo tratamento psicológico para superar o trauma. Dizem que até hoje, aquele apartamento abandonado é habitado pelos espíritos das crianças e da cachorra. Todas as noites, os vizinhos escutam gritos, choros e latidos.

Uma surpresa de aniversário realmente inesquecível!

Em comemoração do nosso ADM  ~KinderFeliz aniversário!

--Mr.Gremory

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segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Halloween Macabro

Ano: 1931

Dia: 31 de Outubro (Halloween)

O que realmente aconteceu :


{Antes}


Um garoto com seus 11 anos, de cabelos negros caídos pelo rosto, olhos tristes e nada angelical perambulava pela rua de sua casa, situada no bairro de Westblodd, nos Estados Unidos, um lugar comum como qualquer outro bairro americano de classe média alta. Estava trajando um macacão meio rasgado, velho, de couro marrom, e botinas pretas. Em sua mão direita trazia uma saco que arrastava-o pelo passeio, muitos diziam que ele era um garoto triste, e sempre sozinho, alguns afirmavam que ele pegava animais pequenos e os prendiam dentro do saco para sair pela noite de Halloween pedindo doces nas casas da vizinhança, mas, naquela noite, daquele ano, não seria mais como as noites passadas, como os dias das bruxas passados.
Ás onze e vinte da noite, ele tocou a campainha em uma bela casa muito bem enfeitada que seguia a tradição do dia macabro americano. Ninguém atendeu. Então, logo foi para a proxima casa, e a próxima e a próxima. Ninguém, ninguém abriu a porta para ele. Em seu trajeto, rodou o bairro inteiro, e pelo caminho encontrava crianças de outras idades com doces e balas que até caíam pelo chão, com sorrisos no rosto. Ele então voltou para casa, de cabeça baixa, não conseguia entender os motivos os quais as pessoas não abriam a porta para presenteá-lo.
Chegando em casa, subiu para seu quarto, sua mãe estava na cozinha, e seu irmão mais novo dormindo tranquilamente ao lado do quarto onde ele dormia. Ele, então, deitou na cama e ficou olhando o teto, conseguia ouvir risos vindos lá de fora. A dor mais profunda que uma criança poderia sentir, ele sentiu. A solidão mais atormentante, o frio mais gélido, e o choro mais agonizante que um menino podia emanar, tomou conta daquele quarto. A porta se escancarou, e seu pai apareceu ali, com um pedaço de pau na mão. Ele rubrou para o filho: "Porque diabos está chorando? São só doces! Seu choramingo acorda seu irmão! Aquiete-se, seu..bastardo inútil!". O garoto parou de chorar, o pai saiu, mas, longos minutos depois, ele voltou a lamentar em lágrimas. Desta vez, sua mãe era quem havia aberto a porta do quarto e ele já sabia o que iria acontecer. As marcas no braço esquerdo denunciavam os maus tratos causados pelos pais do garoto.
Trinta minutos depois, e alguns mais, as badaladas do grande relógio velho na sala tocaram, doze vezes, anunciando a meia noite, a noite em que começara o Halloween. O garoto, diante do espelho, com os olhos vermelhos, e a tristeza estampada em sua face amarrou um pano velho em volta da própria cabeça, como se fosse uma fuga para que ninguém mais pudesse vê-lo, saiu dali, foi ao quarto do irmão, e vendo-o tão docemente adormecido, envergou-se contra o berço, e o enforcou, sem lamúria alguma! Desceu as escadas, o pai estava bêbado na sala, já havia consumido mais do que deveria, aquilo para ele seria fácil demais, então, foi para a cozinha, e lá estava a mãe. A mesma virou-se com suas mãos ocupadas com uma deliciosa torta de morango e chocolate e rubrou: "Caia fora garotinho patético! Não tenho orgulho algum de você! E tire essa fantasia excrota, está te deixando ridicularmente apresentável, mais do que já é naturalmente, fiz a torta para seu irmão, você não merece nada, você é a vergonha dessa família, seus modos são errados, seu jeito de ser é errado, tentei concertá-lo mas parece que você, não se importa comigo", disse a mãe ao garoto. O mesmo então, extendeu as duas mãozinhas para cima como pedido de colo, e a mesma deixou a vasilha de torta em cima da mesa e estapeou-lhe a face, mas, instantâneamente, acabou caindo ao chão depois de pisar em um ursinho que estava ali, jogado ao canto do pé esquerdo do fogão. O garoto sem pensar duas vezes, avançou para cima de sua própria mãe e a esfaqueou por toda a face. "Porque faz isso comigo??? Porque faz isso comigo? Quero ser feliz!" Era tudo o que ele conseguia dizer enquanto acabara de golpear, e o sangue escorrer pelo azulejo branco do recinto.
Então, foi para a sala, e ali o pai não estava mais. Segundos depois, sentira seu pescoço sendo apertado, e a falta de ar tomar conta da sua circulação. O pai estava estrangulando-o com todo ódio e as únicas palavras que conseguia urrar era: "Você matou nossa família! A nossa família!Você não é o meu filho!" O garoto então debatendo-se, caiu ao chão. Estava morto. O pai, não aguentando toda carga psicológica dos acontecimentos daquela noite, suicidou-se enforcado no meio da sala, onde o corpo ficara ali, apodrecendo, por dias e dias, até os vizinhos notarem ausência de todos do lado de fora e chamarem a polícia.

{Agora}


Hoje, anos depois, no bairro de Westblod, alguns moradores ainda afirmam que conseguem ouvir vozes, gritos e gemidos que saem das janelas daquela casa, já bastante velha apesar das restaurações de famílias anteriores que viveram por lá. Outros afirmam, que esta não foi a história verdadeira, afirmam que a verdade era que o pai matou a todos e logo após se enforcou por causa de problemas mentais. Mas, um dos contos que assombram o pacato bairro distante de Westblod era que o garoto havia sido torturado pelo pai na noite de Halloween, matara a esposa, o filho mais novo, e logo após prendera o filho mais velho (no caso o pequeno assassino) no porão, enfeitado de abóboras e velas, e doces por toda parte. Suspendera-o no alto com ganchos de ferro e deixara-o ali enquanto aumentava o volume do rádio que tocava uma música antiga daquela época.
Algumas crianças ainda tem medo de sair fantasiadas a noite, pois juram ver o garoto vestido com o macacão rasgado cheio de sangue, o rosto enrolado com panos escuros e um saco marrom nas mãos de onde saem grunhidos de animais.
Gratidão
--Mr.Gremory

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sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Game: Outlast.

Olá! Como disse na minha apresentação, venho com o intuito de misturar terror com games. 

Então, sem mais delongas, vamos ao que interessa.


Outlast, um jogo de terror em primeira pessoa (ou survivor horror), lançado em 4 de setembro de 2013 pela produtora Red Barrels. O game se passa em um hospital psiquiatrico que pertence e é operado pela corporação Murkoff, quando o jornalista autônomo Miles Upshur decide investigar denuncias recebidas de uma fonte anônima, denominada "The Whistleblower" . Chegando no hospital, "armado" apenas com uma câmera, Miles decide entrar pelas janelas do prédio. Ao entrar, já repara em um cenário de atrocidades. Algum tempo caminhando, é surpreendido por uma criatura gigante, denominada Chris Walker, que o joga pela janela. Então, Miles, ainda recobrando a consciência, se dá cara-a-cara com o "Padre Martin", um paciente que acredita ser um padre. Martin diz que Upshur foi enviado por Deus para ser testemunha de seu culto, e que deve permanecer no local e só depois poderá ir embora. Upshur começa sua tentativa de encontrar uma maneira de sair do prédio, evitando ataques de Walker e outros pacientes. No entanto, enquanto ele tenta destravar as portas principais na sala de controle, é emboscado e sedado por Martin, que mais uma vez afirma que ele deve permanecer no manicômio e testemunhar os eventos ocorrentes por lá. Então, Martin mostra para Miles imagens de um fantasma, que domina o lugar, chamado Wallrider, antes de levar Upshur inconsciente para uma cela. Acordando, Upshur é forçado a encontrar um caminho através dos esgotos depois de encontrar dois prisioneiros, "Os Gêmeos", que expressam um desejo sádico de matar e comer ele. No entanto, a dupla não ataca naquele momento, pois Martin pediu-lhes para não prejudicar o jornalista. Upshur faz o seu caminho através dos esgotos, evitando ataques de Chris Walker e outros presos hostis, antes de finalmente chegar nos chuveiros. Durante a tentativa de escapar pelos chuveiros, ele é atacado novamente por Chris Walker, e escapa através das aberturas. Progredindo mais pelo do edifício, Upshur é logo perseguido por vários presos de uma vez só, mas escapa através de um mini elevador, porém é surpreendentemente atacado e capturado por um dos médicos do hospício - agora psicótico - Dr. Richard Trager, que coleciona partes de corpos dos pacientes e pratica cirurgias nada convencionais, bem no estilo de um açougue. Trager aprisiona Upshur, prendendo-o a uma cadeira de rodas. Após um breve passeio pela sua ala cirúrgica, Trager corta fora dois dedos de Upshur usando um grande par de tesouras. Upshur consegue escapar e é iniciada uma perseguição. Quando Upshur está prestes a fugir, Trager destranca a porta do elevador com a chave e inicia uma luta com Upshur, resultando na morte de Trager esmagado entre os andares pelo elevador. O jornalista encontra com Martin novamente, o instruindo a encontrá-lo no lado de fora. Upshur sai para o terreno, no lado de fora do manicômio, mas é perseguido de volta para dentro por Chris Walker e pelo Walrider, que se revelou uma espécie de fantasma ou espírito que Upshur só pode ver ao usar a visão noturna de sua câmera. Ele é forçado a utilizar uma escada em ruínas para acessar diferentes andares do prédio, seguindo uma trilha de sangue que Martin deixou para ele. Upshur consegue chegar a um andar ainda não explorado, onde em toda parte há altares com velas e pacientes rezando, como se algo de grande importância estivesse para acontecer. Finalmente, com a presença de vários pacientes, incluindo Os Gêmeos, Upshur encontra Martin na capela do manicômio, o qual está preso a um crucifixo falando para Upshur testemunhar a sua morte e que sua liberdade estaria próxima, entregando-lhe a chave do elevador e posteriormente sendo queimado na cruz. Antes de tomar o elevador principal, Upshur é perseguido por Chris Walker novamente. Martin engana Upshur, pois em vez de levá-lo até a saída, o elevador leva-o para uma instalação militar subterrânea e secreta sob o manicômio. Enquanto procurava por uma saída, Upshur é atacado e incapacitado por Chris Walker. No entanto, antes de matar o jornalista, o Walrider aparece e ataca brutalmente Walker, matando-o. Upshur prossegue pela instalação e encontra em uma sala "Dr. Wernickie" (que originalmente acreditavam estar morto), o cientista responsável por todo o experimento conhecido como "Projeto Walrider". Wernickie explica que o Walrider é o resultado de experimentos através de nanotecnologia realizados em um paciente chamado "Billy Hope", e que o Walrider é controlado por Billy. Wernicke pede que Upshur encontre Billy no laboratório e mate-o, desligando seu sistema de suporte de vida, e assim ,consequentemente, matando o Walrider. Antes de decretar a morte de Billy, Upshur é diversas vezes perseguido pelo Walrider, que irá tentar acabar com os planos do jornalista a qualquer custo. Depois de realizar a tarefa dada por Wernickie, Upshur é repetidamente golpeado pelo Walrider . Completamente debilitado e mancando em direção à saída, Upshur é confrontado por Wernickie acompanhado por vários guardas armados que acabam por disparar vários tiros contra Upshur. Upshur cai no chão, morrendo, a tela fica preta e uma frase é ouvida na voz de Wernicke: "Você se tornou o hospedeiro". Em sua última luta com o Walrider, Upshur é possuído por ele, já que apenas uma pessoa que tenha experimentado grande dor psicológica pode sustentar a possessão. Antes dos créditos, tiros e gritos são ouvidos, certamente Upshur, agora possuído pelo Walrider, matando os guardas e Wernicke. Agora, Miles é quem controla o Walrider.



                                                           Algumas imagens do game




                                                  Escrituras de Padre Martin nas paredes.





                                      
                                                    Ao fundo, Chris Walker, nos esgotos.





                                                               Dr. Richard Trager.

                                                   




                                                       
                                                          A cela em que Miles foi mantido.




        Aqui o link para uma Playlist do jogo, feita pelo canal EDGE. https://www.youtube.com/watch?v=VekQDLRYiFA&index=1&list=PLI_JLekVwq0MDuZTYkH36WvmCqpyDCrht 



 

Enfim, espero que gostem. Logo mais trarei informações sobre a DLC do jogo. Espero que gostem!



                             ~Kinder




CDC novo, apresentação e coisas do tipo.

Olá! Sou o novo CDC do Terror Now. Me chamo Tiago, tenho 15 anos e vou assinar como ~Kinder.

O foco do blog é sobre terror. Então, por que não misturar terror com games? Sim, games! Não só em histórias, mas analises, recomendações,  e coisinhas do tipo.

Enfim, espero que gostem do meu trabalho. Em breve começarei a postar. Abraços!

                                      -Kinder

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

O Devorador



Conto: O DevoradorAutor(a:): Desconhecido. Você também pode mandar seu conto para o e-mail: Terrornow@outlook.com


O Devorador


 "Estou em meu quarto, chorando e gritando de medo, meus pais já estão mortos, foram decapitados e devorados por ele, morreram na minha frente e eu não pude fazer nada, além de ficar olhando ele lamber o sangue deles. O relógio começa a badalar e isso significa que ele está vindo até mim, a cada badalada ele se aproxima farejando meu medo, ele está perto, sinto sua presença em meu quarto, a porta se abre, e então eu o vejo...”


Após quatro anos fora do Brasil eu estou de volta, não porque eu quero, mas sim pelo motivo de ter que enterrar meus pais e meu irmão que foram mortos de uma maneira brutal, por uma espécie de seita ou culto monstruoso. É realmente repugnante saber que eles foram encontrados em casa, decapitados e com o estômago aberto e devorado, que tipo de monstro faz isso?


Duas semanas se passaram e eu não consigo parar de pensar em como a polícia e a perícia conseguiram dar como encerrado o caso por não ter algo que demonstre um suspeito, como o mundo pode ser tão injusto? Meu pensamento não para um minuto, só penso em vingança, em matar, vingarei você maninho, eu prometo!



Volto a tomar antidepressivos graças a minha psiquiatra que me recomendou voltar a escrever neste diário, eu detesto escrever nisso, entretanto, é o que me mantém calmo no instante, mas sempre que eu fecho meus olhos eu vejo o rosto do meu irmão e seu corpo sem a cabeça...



Misteriosamente o diário de meu irmão chegou em minhas mãos pelos correios mas demorou porque era Sedex , primeiramente tive medo de abrir, ler e achar informações das quais eu não queria saber, mas a curiosidade foi maior, então decidi ler...



***



Dia 28/05/2013


Hoje é meu aniversário, estou feliz por estar fazendo 13 anos! O melhor presente foi um livro chamado "O Devorador", é um livro de terror com alguns rituais estranhos e quem que da um livro com ritual para um pirralho de 13 anos???!!! Um dia ainda irei testar um desses!



Dia 02/06/2013



Estou louco por essa entidade denominada "O Devorador", dizem que a história dele é a seguinte: ele era o servo de uma seita, sua fome era tão grande que ele começou a devorar pequenos animais vivos. Não satisfeito matou a própria esposa e a devorou, matou seus pais e os devorou, matou toda, TODA sua família e os devorou; no final, ele devorou a si próprio (WTF?) para satisfazer sua fome, o diabo então satisfeito o premiou dando a ele o poder de atormentar suas vítimas com ganância e quando não sobrar mais nada, no final, ele as devorassem.



Dia 08/07/2013



Ontem fui dormir na casa de um amigo hmmmm... E algo muito estranho aconteceu, decidimos fazer o ritual de invocação do Devorador, fizemos um pentagrama invertido na sala, envolvendo com velas as suas pontas e pronunciamos as seguintes palavras:



 “Eu invoco o Mago Negro o senhor da fome, da dor, da destruição, o senhor daquilo que existe entre os desejos, aquele no qual não devemos pronunciar o nome, mas vamos pronunciar, aquele no qual vamos dar as nossas cabeças como troféu, aquele no qual vai nos vigiar até chegarmos a insanidade e quando estivermos desesperados e ele estiver totalmente cansado de jogar irá nos matar e acabar com todos aqueles que nós amamos, eu invoco O MAGO NEGRO, O DEVORADOR.”



Por um momento, todas as luzes da casa se apagaram e eu vi em minha mente milhares de olhos na parede me observando, me vigiando, então eu e meu amigo caímos desmaiados e acordamos no outro dia com os pais rindo porque dormimos na sala, nesse ponto, percebemos a inexistência do pentagrama e de qualquer outra coisa que tenhamos feito durante a noite. Foi muito estranho...



Dia 09/07/2013



Meu amigo me ligou desesperado dizendo que havia sonhado com várias crianças chorando e elas estavam sem suas cabeças, e quando ele acordou ele viu em seu armário sem olhos com sangue escorrendo por todos os orifícios e ouviu as seguintes palavras: “O DEVORADOR TE OBSERVA”



Dia 15/07/2013



Eu não posso acreditar, DEUS PORQUE!? DEUS PORQUE!? Meu amigo está morto, assim como seus pais! Ele matou seus pais e depois se matou! Eu... Não posso acreditar!



Dia 16/07/2013



Vejo um e-mail do meu amigo e decido ler, o que estava escrito vem a seguir:



 "Nós nunca devíamos ter feito isso, agora nós somos dele, lhe desejo sorte amigo, irei ouvir as vozes e irei acabar com isso, tenha sorte, tenha fé, que Deus te siga em jornada, pois creio que ele irá me abandonar depois disso. Adeus meu irmão."



Vejo algumas palavras com fonte baixa, aproximo meus olhos e leio:



“O DEVORADOR VIRÁ ATÉ VOCÊ”



Dia 05/08/2013



Deus... Por que?

Esta noite sonhei com crianças me olhando, outras estavam sem cabeça. Elas diziam que minha cabeça será um troféu dele, daquele que não pode ser nomeado, elas estavam chorando lágrimas de sangue. Por favor, Deus, esteja comigo nesta hora.
 


Dia 18/08/2013



Acordo às 3 horas da manhã com as crianças me dizendo:



 "Acorde, por favor, salve sua família!"



Pego minha câmera e meu diário e vou até o quarto de meus pais, então eu o vejo, devorando minha mãe e arrancando a cabeça de meu pai, então eu corro até meu quarto e me escondo... Estou em meu quarto, chorando e gritando de medo, meus pais já estão mortos, foram decapitados e devorados por ele, morreram na minha frente e eu não pude fazer nada, além de ficar olhando ele lamber o sangue deles. O relógio está badalando e isso significa que ele está vindo até mim, a cada badalada ele se aproxima farejando meu medo, ele está perto, sinto sua presença em meu quarto, a porta se abre, e então eu o vejo...


***



Horas se passaram desde que acabei de ler o diário de meu irmão, o que seria este tal Devorador, e como eu poderia encontrá-lo? Começo a beber sem parar e lanço o diário de meu irmão na parede, então uma foto avulsa cai, pego lentamente e leio a seguinte frase:


Agora você sabe sua história, você sabe o nome daquele que não deve ser nomeado, agora você será um troféu dele...”





--Mr.Gremory

E aí?Gostaram do conto?Comentem!


Fiquem a salvo.Pelo menos...Tentem.